sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Crítica: A Chegada é uma jornada sci-fi sobre medos, sentimentos e visões...


Quando nos preparamos para ver A Chegada, a primeira coisa que pensamos é: "Lá vem outro filme sobre ETs. O que esse trará de novo para ter sido indicado ao Oscar de Melhor Filme?". O diretor Dennis Villeneuve, de filmaços como Os Suspeitos e Sicário, nos apresenta sua maior produção e, ainda sim, não abre mão de sua direção sem atropelos e da fotografia fria. Assim como nos filmes citados, o roteiro aqui prende sua atenção do começo ao fim e, no caso de A Chegada, sem entregar muito conforme o tempo passa. Você vai se esforçar pra "sacar qual é a do filme" durante toda a projeção e, muito provavelmente, irá descobrir bem aos poucos, assim como a personagem de Amy Adams, que carrega toda a carga emocional do longa nos ombros. 

Os maiores triunfos do longa, além dos aspectos técnicos como Fotografia, Design de Produção e Som - uma pena a trilha-sonora não ter sido indicada ao Oscar - é, principalmente, a Edição. É ela quem faz com que você se revire no assento (ou sofá!) para descobrir cada pista jogada no ar. E o roteiro não decepciona, fazendo com que você continue pensando sobre o longa-metragem algum tempo ainda depois que ele acaba. 

Não espere cenas de ação ou tiros e explosões gratuitas. A Chegada é sobre medos, sentimentos e visões. Ou melhor, é muito mais sobre nós mesmos e do que ainda estamos por descobrir sobre nossa natureza, do que sobre alienígenas.

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