O índio brasileiro foi muito pouco retratado no cinema nacional. Algo totalmente oposto a exploração que os norte-americanos fizeram com a imagem de seus índios em westerns com John Wayne, por exemplo. Ainda assim, conseguimos separar 10 filmes, nacionais ou não, para que você se sensibilize, chore ou até mesmo dê boas risadas com os indígenas do nosso Brasil.
CARAMURU: A INVENÇÃO DO BRASIL - A invenção de um País chamado Brasil começa em Portugal, onde o talentoso pintor Diogo Álvares (Selton Mello). cultiva a arte de embelezar a realidade, o que lhe cria alguns problemas com o comandante Vasco de Athayde (Luís Mello). Diogo é contratado por Dom Jayme (Pedro Paulo Rangel), o cartógrafo do Rei, para inlutrar os mapas que seriam usados nas viagens de Pedro Álvares Cabral, mas Diogo envolve-se com a sedutora Isabel (Débora Bloch), Francesa que frequenta a corte em busca de ouro. A sedutora cortesã rouba o mapa de Diogo, que é punido e deportado para as costas brasileiras, onde conhece a bela índia Paraguaçu (Camila Pitanga) e sua irmã Moema (Debora Secco), vivendo então o primeiro caso amoroso da história do Brasil. A harmonia do novo mundo é então interrompida com a chegada dos colonizadores.
A FLORESTA DE ESMERALDAS (1985) - Engenheiro norte-americano parte para o Brasil com a família, para trabalhar na construção de uma grande hidrelétrica na região amazônica. Para construí-la será necessário destruir uma grande área verde. Como represália, uma tribo conhecida como "povo invisível" sequestra o filho do engenheiro.
BRINCANDO NOS CAMPOS DO SENHOR (1991) - Um casal de evangélicos e seu filho pequeno embrenham-se na selva amazônica brasileira para catequisar índios ainda arredios à noção de Deus. Martin Quarrier (Aidan Quinn) é sociólogo e termina sendo motivado pelas experiências de outro casal, os Huben. As intenções religiosas e a harmonia entre brancos e índios no local ficam instáveis devido à presença de Lewis Moon (Tom Berenger), um mercenário descendente dos índios americanos.
MACUNAÍMA (1969) - Imortalizado pela obra do escritor modernista Mario de Andrade, esse é a famosa versão cinematográfica do herói brasileiro por excelência, que ficou conhecido por ser extremamente preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Com Grande Otelo e Paulo José se combinando no papel central, a produção conta a história de Macunaíma, um homem que nasce negro em uma palhoça no meio da selva em plena floresta tropical. Desde cedo já revela seu talento para a vadiagem, já que só pensa em brincar com as moças. É quando ele migra para a cidade grande que, subitamente, se torna branco. Ali, vive sustentado por uma guerrilheira, tenta roubar um poderoso talismã e ainda se enfia em uma piscina de feijoada. Quando volta para sua floresta, ele ainda deve enfrentar novos perigos. O filme se tornou um cult dos anos 60 e é fiel à intenção do escritor que tinha como principal objetivo criar um herói fincado em uma mitologia nacional e folclórica, numa espécie de aventura épica com tintas regionais.
A MISSÃO (1986) - Rodrigo Mendoza é um mercador de escravos que faz da violência seu modo de vida. Na disputa pela mulher que amava mata o próprio irmão, seu rival. O remorso pela selvageria leva Mendoza á penitência, com os antes desprezados jesuítas. A paz, no entanto, lhe é negada. Envolvido no jogo político dos colonizadores ele se tornára um mártir na defesa dos Índios que viera para escravizar.
COMO ERA GOSTOSO O MEU FRANCÊS (1970) - No Brasil de 1594, um aventureiro francês prisioneiro dos Tupinambás escapa da morte graças aos seus conhecimentos de artilharia. Segundo a cultura Tupinambás, é preciso devorar o inimigo para adquirir todos os seus poderes, no caso saber utilizar a pólvora e os canhões. Enquanto aguarda ser executado, o francês aprende os hábitos dos Tupinambás e se une a uma índia e através dela toma conhecimento de um tesouro enterrado e decide fugir. A índia se recusa a segui-lo e após a batalha com a tribo inimiga, o chefe Cunhambebe marca a data da execução: o ritual antropofágico será parte das comemorações pela vitória.
ANCHIETA, JOSÉ DO BRASIL (1977) - Chegado ao Brasil em 1553, o padre José de Anchieta aprende a língua dos índios Tupi, elabora uma gramática, observa os costumes e classifica a flora local, evitando atritos com os colonos. Durante a intervenção francesa, negoceia a paz e ocupa-se dos Tamoios, com o padre Manoel da Nóbrega. A escravatura compromete o seu apostalado, mas Anchieta converte-se numa figura mítica...
AVAETÉ, SEMENTE DA VINGANÇA (1985) - Criança índia sobrevive a terrível massacre e passa a ser protegida por cozinheiro branco arrependido de ter participado da expedição criminosa. Já adulto, e com o assassinato de seu protetor, ele inicia uma solitária e eficaz vingança contra os matadores brancos.O filme faz referência ao massacre dos índios Cintas-largas ocorrido na região de Fontanillas, hoje município de Castanheira, no noroeste do Mato Grosso.
HANS STADEN (1999) - O filme narra a história do soldado e marinheiro alemão Hans Staden que, no início do século XVI, foi capturado por uma tribo indígena brasileira, os Tupinambá, que eram inimigos dos colonizadores portugueses.
PARA MANTER DISTÂNCIA
O GUARANI (1997) - A Versátil apresenta O Guarani, uma superprodução do cinema brasileiro dirigida por Norma Bengell (Eternamente Pagu) e baseada no clássico romance de José de Alencar. Destaque ainda para o ótimo elenco, que inclui Márcio Garcia, Glória Pires, Herson Capri, José de Abreu, Cláudio Mamberti, entre outros. No Brasil do século 17, uma família de colonizadores portugueses, cujo patriarca é Dom Antônio, vive numa fortaleza construída próxima às terras dos índios Aimorés. A família e os índios, especialmente Peri, da tribo dos Goytacazes, vivem em paz até serem perturbados por Loredano, um ex-padre que lidera uma conspiração e provoca a morte de uma Aimoré. A tribo revoltada massacra toda a família portuguesa, porém há uma sobrevivente, Ceci, filha de Dom Antônio, que consegue escapar graças à ajuda de Peri. Explode entre eles uma paixão incondicional que irá unir as duas culturas
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