Quando assistimos La La Land - Cantando Estações, a primeira coisa que nos vem à cabeça é a produção. Um romance musical urbano, como nos velhos tempos de Hollywood, mas que sucumbiu ao colorido extremo. Dezenas de figurantes pulando e dançando canções originais com corretíssimo design de produção. Referências a Hollywood e, claro, aos musicais. Jazz... muito jazz. O diretor Damien Chazelle, do também jazzístico Whiplash, não esqueceu nem de homenagear seu próprio filme, escalando J.K.Simmons como o dono mal-humorado e rígido de um bar. Até Tom Everett Scott, que interpretou um baterista apaixonado por Jazz em "The Wonders", faz uma participação no final. E, claro, sobrou até para os anos 80 - mas não de uma forma positiva. Em determinado momento do filme, a personagem de Emma Stone questiona se a peça que ela escreveu não está nostálgica demais. Somente nesta cena é que um interruptor foi ligado no meu cérebro e percebi o quanto deste filme é pura nostalgia.
O roteiro não dificulta, como nos musicais clássicos. Este fala sobre persistir até conquistar os seus sonhos. E eles são relacionados ao passado. Apaixonado por Jazz, Sebastian quer abrir um bar em que ele possa tocar o jazz clássico, da forma que ele quiser, quando quiser, pra quem quiser e no mesmo local onde lendas do gênero musical se apresentavam no passado. E a todo momento se fala o quanto o gênero está morto para as novas gerações. Já Mia (Stone), se apaixonou por filmes clássicos na infância quando visitou uma tia em Paris e agora quer ter ser uma estrela de Hollywood. Ambos, que já estavam em busca de seus sonhos quando se conheceram, ganham um gás se apoiando um ao outro, para quem sabe realizá-los. Pronto! É isso...
Simples, apesar de bem produzido. Interpretações contidas, mas não menos competentes. Trilha sonora que não incomoda - só quando quer incomodar - e talvez este seja o principal ponto negativo, pois quando se trata de um musical, tem que haver mais de uma música realmente boa ("City of Stars" - indicada ao Oscar).
Recordista de indicações ao Oscar, ao lado de Titanic e A Malvada, este novo musical de Hollywood agrada ainda mais aos membros da Academia, por ser ambientado lá mesmo... Então elas não me surpreenderam, assim como o filme que é exatamente o que esperei que fosse... 4 estrelas.
Recordista de indicações ao Oscar, ao lado de Titanic e A Malvada, este novo musical de Hollywood agrada ainda mais aos membros da Academia, por ser ambientado lá mesmo... Então elas não me surpreenderam, assim como o filme que é exatamente o que esperei que fosse... 4 estrelas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário