segunda-feira, 28 de abril de 2014

Crítica: Questão de Tempo - uma comédia romântica original, deliciosa e imperdível

E se esta felicidade dependesse de algumas viagens no tempo para acontecer?


E se você pudesse viajar no tempo? Escolher qualquer ponto determinado de sua vida, fechar os olhos e voltar pra aquele instante? Os homens da família de Tim podem. Ele descobre isso pela boca do próprio pai, após completar 21 anos. Mas a vida de Tim foi tão chata, mas tão chata, que sua primeira ideia de voltar no tempo foi para uma festa na noite anterior, quando perdeu a chance de beijar sua primeira garota numa festa de reveillon. E agora? Como sua vida será afetada com a chegada desse dom?



O diretor e roteirista Richard Curtis é dos mais experientes, tendo dirigido o romance Simplesmente Amor há mais de 10 anos e lançado o gênero "romance em episódios". Roteirista de mão cheia, dentre seus trabalhos estão Um Lugar Chamado Nothing Hill (99), Quatro Casamento e Um Funeral (97) e as duas partes de Bridget Jones (01, 04). Ele também foi o responsável pelo lançamento de Mr. Bean na TV Inglesa. E nada do que foi citado aqui é tão original quanto "Questão de Tempo".

A comédia romântica aposta na naturalidade e no drama pessoal, mesmo em uma trama fantástica. Nem precisou jogar as viagens no tempo em segundo plano para que você se interessasse muito mais pelo personagem principal do que pelo seu poder. O que não impede para que não demore muito e você comece se imaginar fazendo viagens no tempo. Na trama, Tim, que é inglês e avesso a festas, jamais usa seu poder para reviver bons momentos, mas sempre para consertar seus desastres, ou até mesmo de outros. O que ele quer mesmo é encontrar um amor, que mais tarde se revela ser Mary (a ótima Rachel McAdams). 

E quando você começa a achar que viver uma vida feliz é muito mais fácil quando você pode voltar no tempo para consertá-la é que o esperto roteiro te mostra que nem tudo pode ser consertado. Longe de clichês, tudo isso é descoberto de forma original.

Um dos grandes atrativos do filme é o relacionamento de Tim (Domhnall Gleeson) com seu pai, vivido por Bill Nighy - sempre presente nos filmes de Curtis. O ator rouba todas suas cenas com aquele jeito de paizão desencanado que sempre sabe dizer a coisa certa. 

A trilha sonora é deliciosa, com presença de nomes como Groove Armada, Rox Sexsmith, The Cure, Ben Folds e uma canção de Ellie Goulding, que tornou-se hit na Inglaterra após aparecer no filme. 


Infelizmente a surrealidade da trama afastou seu publico alvo nos cinemas, mas não perca a chance de ver uma das mais originais comédias românticas já produzidas. 



Esta semana nas lojas.


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