terça-feira, 23 de setembro de 2014

Crítica: Sin City - A Dama Fatal é mais do mesmo! Bom pra quem gosta...

Marv e Dwight atrás da Dama Fatal

A pergunta certa é: Você assistiria mais 90 minutos de Sin City? Se você achou o primeiro filme tão bom a esse ponto, então não ficará desapontado com A Dama Fatal, mas se você é daqueles que acredita que uma continuação só se justifica se ela tiver algo a acrescentar, então não eleve muito suas expectativas. 



A Dama Fatal mantem até mesmo a estrutura narrativa do primeiro. Uma introdução rápida, seguidas por três tramas maiores cuja principal que dá nome ao título é a que tem mais tempo na tela. Se no primeiro filme de 2005 conferimos adaptações como o conto O Cliente Tem Sempre a Razão na abertura, A Grande Matança, O Assassino Amarelo e A Cidade do Pecado durante o programa, aqui temos Apenas Outra Noite de Sábado como introdução, A Dama Fatal adaptada e duas histórias originais: Uma Longa Noite Má e A Última Dança de Nancy. Para os fãs, contar com duas histórias novas já valem o ingresso, pois Frank Miller escreveu sobre os personagens de Sin City entre 1991 e 2000, e nada mais. Além disso, A Última Dança de Nancy é uma continuação direta de O Assassino Amarelo com participação de Bruce Willis repetindo seu personagem Hartigan. 

Se você apenas viu o primeiro filme, mas não leu o material impresso, devo dizer que vale a pena conferir que a escolha de Josh Brolin para viver Dwight não é apenas por alguma objeção de ter Clive Owen repetindo o papel, mas sim porque o roteiro "exigia". Infelizmente Michael Clarke Duncan já não está mais entre nós para reviver Manute, cujo personagem foi muito bem defendido por Dennis Haysbert nesta continuação. Por outro lado, o restante do elenco está de volta, mesmo depois de nove anos. Principalmente os dois melhores coadjuvantes: Mickey Rourke e Powers Boothe, como Marv e Senador Roark, respectivamente. Eles roubam o filme. Gente "nova" como Eva Green e Joseph Gordon Lewitt não deixam a desejar. 

E se você não viu o primeiro filme e nunca leu uma página sequer, confie no trailer. O visual é aquele mesmo... Branco e preto noir com muita violência e ação chupada e diretamente de filmes orientais de artes marciais como O Tigre e o Dragão, só que elevado ao cubo. Os diretores Robert Rodriguez e Frank Miller levam para o cinema cada página escrita e desenhada pelo segundo, inclusive os ângulos. E nesta continuação, a fidelidade continua imperando.


Infelizmente, após 30 dias de estréia mundial, faturou apenas US$ 30 milhões. Isso sequer é a metade do que o primeiro cravou somente nos EUA, o que deve dificultar muito a chegada de um terceiro filme. De qualquer forma, Sin City sempre foi um programa home video. 

Mais do mesmo. Bom pra quem gosta.

Quinta-feira (25) nos cinemas. Fevereiro nas videolocadoras.

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