sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Crítica: As Tartarugas Ninja - não leve a sério e procure assistir em 3D

Elas estão de volta e faturaram mais de US$ 400 milhões nas bilheterias

O retorno das Tartarugas Ninja aos cinemas desta vez, diferentemente da animação digital lançada há alguns anos, é um reboot. Produzido pelo mesmo Michael Bay da franquia Transformers, parece mesmo um filho adolescente da série bilionária. Efeitos visuais incríveis, mas em menor proporção. Se leva ainda menos a sério e desafia a inteligência do espectador, que tem que estar preparado para ver um passatempo ligeiro e, bastante, descompromissado.



Aqui novamente é contada a origem dos anfíbios mutantes, mesmo que você tenha ouvido essa história desde os anos 80, quando surgiram nas HQs em 1984, passando pelos desenhos animados de 1987 e pela trilogia de sucesso na primeira metade da década de 90, além da animação citada antes. O roteiro segue de certa forma a risca a origem. Nos esgotos de Nova Yorque, quatro tartarugas e um rato tornaram-se mutantes depois de entrar em contato com líquido radioativo mutagênico. O rato (Mestre Splinter) por ser mais sábio criou e educou as tartarugas. Após encontrar um livro sobre Ninjas nos esgotos, ensina para as tartarugas a arte do Ninjitsu. Anos depois, uma onda de crimes impera em Nova York. Uma misteriosa quadrilha, chamada o Clã do Pé, liderados pelo terrível Destruidor, são responsáveis pelo roubo de produtos químicos ilegais. April O'Neil (Megan Fox), uma repórter televisiva, é atacada quando investigava o Clã do Pé e salva pelas Tartarugas. Eles se juntam para impedir o bando.

Regras básicas para se divertir com o filme:



1 - Encare todos os clichês e diálogos que subestimam sua inteligência como se fossem realmente produzidos por adolescentes que ainda não começaram o nível médio escolar. Numa determinada cena você escuta o mestre Splinter dizer: "Vá e salve seus irmãos", April complementa a pergunta: "O que você vai fazer?" e ele responde: "Vou salvar meus irmãos".

2 - Procure assistir em 3D. Muitas cenas de luta e ação foram produzidas intencionalmente para impressionar na versão tridimensional, talvez comparado apenas aos filmes do espetacular cabeça-de-teia. Uma das fugas das tartarugas chega a ser vertiginosa e bastante divertida.

3 - Se você achar que eles se julgam uma boy band, acredite que muitos chegaram a mesma conclusão. Um deles adora "hip-hop de branco" e eles se chamam por apelidos como Rafa (Rafael), Leo (Leonardo), Donny (Donatelo) e Mike (Michelangelo). 

4 - E NÃO LEVE A SÉRIO! Eles mesmo não se levam. Saibam que segundos antes de enfrentarem o Destruidor no climax da história, eles proporcionam o melhor momento de todo o filme e talvez o único realmente genial.

Apesar do nariz torcido da crítica, o longa-metragem faturou US$ 392 milhões ao redor do planeta, sob um custo de "apenas" US$ 125 milhões. Nenhuma continuação foi agendada até agora, mas há de se assumir que ninguém deve desperdiçar uma franquia que, mesmo 30 anos após sua criação, ainda é capaz de faturar tão alto nas bilheterias.

04/12 nas Videolocadoras.

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