quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Crítica: Juntos e Misturados - a química entre Sandler e Barrymoore já virou camaradagem

A camaradagem impera entre o casal

Esta terceira parceria entre Adam Sandler e Drew Barrymore vem sendo aguardada há muitos anos pelos fãs de Afinado no Amor (98) e Como Se Fosse a Primeira Vez (04), mas passa longe de ser tão engraçado e bem feitinho como os dois primeiros. De qualquer forma, é incrível como esses dois se dão bem nas telas. 



Na trama, depois de um desastroso encontro às cegas, os pais solteiros Lauren (Barrymore) e Jim (Sandler) concordam em uma coisa: nunca mais querem se ver novamente. Mas quando cada um deles se inscreve separadamente para curtir as férias de verão com seus filhos, acabam sendo obrigados a dividir uma suíte em um luxuoso resort & safari africano durante uma semana. 

Sandler e Barrymore tem em comum o grande saudosismo pelos anos 80. Não á toa, fazem o que podem para colocar citações e músicas daquela época em seus filmes. E, claro, foi assim também nos dois filmes que fizeram juntos. Talvez essa seja uma daquelas incríveis paixões em comum que fazem qualquer química dar certo muito facilmente. No caso dos dois, a química nesta terceira parceira é tão boa que até prejudica. Já vimos o casal apaixonado em outras duas oportunidades e aqui parece que nem eles mesmos caem nessa e parecem dois amigos de longa data tirando sarro um da cara do outro. Eles estão se divertindo a beça, e nós aqui do outro lado tentando rir de uma ou outra piada, fingindo que pode haver alguma pitada de romantismo entre eles. O clima de camaradagem impera. 


Até o momento em que percebemos que os relacionamentos entre pais e filhos é a grande charada pra se curtir o filme e não o romance entre os dois. E eles parecem mesmo serem pais daqueles filhos. Pena que já vimos esse personagem de Adam Sandler em Paizão e Click, por exemplo. Ver Drew Barrymoore mãe de dois meninos é que foge do comum. Esse bem bolado de cinco jovenzinhos e dois adultos tentando se tornar uma única família garante nossa simpatia, pena que o exagero em diversos momentos nos desconecta totalmente do programa. Infelizmente não está no nível do ótimo Esposa de Mentirinha (11), por exemplo, onde o besteirol de Sandler esteve mais contido em prol do humor típico familiar que a trama sugere.

A longa duração também atrapalha. São quase duas horas - o que não é tão comum em comédias. Se excluíssem todas as cenas de Terry Crews e Shaquile O'Neal estaríamos no lucro. 

Caso você seja fã dos filmes do ator, arrisque! Pelo menos não é tão ruim quanto Cada Um Tem a Gêmea que Merece e Zohan.

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