sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Crítica: Guardiões das Galáxias - o filme espacial mais legal de todos os tempos?

Drax, Gomora, Starlord, Groot e Rocket - guarde bem esses nomes!

Assistindo Guardiões da Galáxia, me senti aquele cara que estava na sessão de Star Wars em 1977, rindo do humor de Han Solo, vidrado na humanização de personagens como R2-D2 e C3-PO e enlouquecido pelas cenas de batalha espacial. 37 anos passaram e isso nunca mais foi visto nos cinemas. Até agora...



Tudo o que a franquia Star Wars abandonou, toda a seriedade da franquia Jornada nas Estrelas e as mensagens sociais de Avatar, deixaram esse gênero sisudo e calcado apenas nas cenas de ação e nos melhores efeitos visuais que a tecnologia podia fornecer. E, talvez, por isso, ainda tenhamos saudades daquela tosqueira oitentista de filmes como Mercenários das Galáxias ou O Último Guerreira das Estrelas. Não porque eram bons, mas porque não se levavam tão as sérios e nos divertiam, acima de tudo. Guardiões das Galáxias é exatamente como o primeiro Piratas do Caribe - divertido, movimentado, descompromissado - só que no espaço. 

Criado pela Marvel em 1969, o grupo não é este que vemos na tela hoje. Ao longo dos anos, muitos galáticos entraram e saíram de Os Guardiões das Galáxias. O meio-humano Starlord, a guerreira Gamora, o destruidor Drax e o guaxinim Rocket foram criados nos anos 70 e a "árvore" Groot apareceu pela primeira vez em 1960, antes mesmo da criação de O Quarteto Fantástico, por exemplo. Eles só foram reunidos nesta formação para os quadrinhos em 2007. 

De qualquer forma, esse grupo não funcionaria bem nas telas se o roteirista e diretor James Gunn (Seres Rastejantes???) não tivesse a liberdade que precisava para desenvolver algo tão descontraído, engraçado e se não tivesse recebido da Marvel uma caixa de brinquedos tão cara. Os personagens são muito simpáticos, principalmente quando tentam ser antipáticos. O elenco é muito bom! Chris Pratt (Starlord) é a maior revelação do cinema este ano, apesar de não ser novato, seus papéis anteriores sequer são memoráveis - e protagonizará Jurassic World. Zoe Saldana (Gamora), se torna de vez a mais nova rainha dos filmes de ficção espacial - é bom lembrar que está nas franquias Star Trek e Avatar. A dublagem de Bradley Cooper (Rocket) é hilária, insana e memorável. Os coadjuvantes são de luxo: John C.Reilly, Benicio Del Toro, Djimon Hounsou, Glenn Close e Josh Brolin. E o que falar de Groot (Vin Diesel!!!)? O "monstro" fala apenas "Eu Sou Groot" durante a projeção, e depois da metade do filme, você já sabe o que ele na verdade quis dizer, mesmo quando diz apenas essas três palavras. Fantástico.

Os efeitos visuais são incríveis, mas não trazem nada de novo. Ainda assim, sem dúvida é aquele que exigiu uma maior quantidade de CGI da Marvel, mais até mesmo do que Os Vingadores. 

A trilha sonora poderia, facilmente, ter sido selecionada pelo diretor Quentin Tarantino - é um tipo de seleção que ele faz para seus filmes. Sabe aquelas pérolas do passado? Blue Swede, Jackson 5, The Runnaways, 10cc, David Bowie, entre tantos... E não é "Starman" ou "Space Oditty" de Bowie que toca, mas sim a esquecida "Moonage Daydream". E a forma com que elas são inseridas na trama, de forma natural, é mais um ponto positivo. 

Então se minha nota para o filme seria 10, com detalhes como esse é que finalizo a crítica com uma nota 11. Mais do que imperdível.


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